Tianguá 130 anos

sexta-feira, julho 31, 2020


Nossa história
O atual município de Tianguá era parte integrante do território da Villa Viçosa Real, antiga aldeia tabajara chefiada pelo morubixaba Irapuã (Mel Redondo), desbravada por corsários franceses vindos do Maranhão no ano de 1590 que sob a liderança de Adolf Montbille fundaram a Feitoria da Ibiapaba. Em 1603-1604 o açoriano Pero Coelho de Sousa e Martim Soares Moreno, patrocinados pelo Governador Diogo Botelho, expulsaram os franceses da cuesta ibiapabana, abrindo caminho para - em 1607 - os missionários da Companhia de Jesus, Francisco Pinto e Luís Figueira, catequizarem os silvícolas da grande nação Tabajara. Os padres Francisco Pinto e Luis Figueira foram testemunhas oculares da passagem do Cometa Halley pelos céus da Ibiapaba naquele ano (1607), fato registrado no documento "Relação do Maranhão" enviado ao superior da missão o padre Claudio Acquaviva em São Luis do Maranhão. Esse foi o 1º registro da passagem do Cometa Halley em terras do Novo Mundo. 

No ano de 1655, para se opor a nascente República de Cambressive estabelecida na Serra Grande por Antônio Paraupaba que chefiava cerca de quatro mil índios protestantes remanescentes da colônia Nova Holanda destituída após a assinatura do Tratado de Taborda firmado entre os portugueses e a Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, o padre Antonio Vieira fundou a Missão Jesuítica da Ibiapaba, sob a liderança dos missionários Antonio Ribeiro e Pedro Pedroso, tendo como sede a então aldeia de Mel-Redondo, hoje cidade de Viçosa do Ceará, de cujo território Tianguá era parte integrante. O próprio padre Antonio Vieira veio visitar a Ibiapaba em 1660, tamanha era sua importância para a Companhia de Jesus e para o catolicismo.

A colonização das terras que deram origem a cidade de Tianguá (perímetro urbano) foram apossadas em 1854 a partir da 1ª Lei de Terras do Brasil (Lei nº 601 de 18.09.1850 regulamentada pelo Decreto Imperial nº 1.318 de 1854), quando o capitão português João Batista Leal, fiscal das terras devolutas junto a câmara de Viçosa do Ceará, registrou em seu nome o então sítio Chapadinha. Com a morte da esposa de João Batista Leal em 1855, as terras do sítio Chapadinha foram partilhadas entre seus herdeiros: Joaquim, Bonifácio, Manoel e Francisco Batista Leal, sendo que os dois primeiros venderam seus quinhões hereditários aos senhores Manuel Nogueira da Costa (pai do deputado Luís Januário Lamartine Nogueira) e Francisco Ferreira Lima, que juntamente com os descendentes de João Batista Leal, iniciaram o povoamento do sítio. Manoel Batista Leal, Francisco Batista Leal, Manoel Nogueira da Costa, Francisco Ferreira Lima, o herói da Guerra do Paraguai Joaquim Frederico Kiappe da Costa Rubim (pai do Almirante Rubim) e outros, foram os primeiros moradores do povoado de Barrocão, o Cel. Manoel Francisco de Aguiar (pai do Monsenhor Agesilau de Aguiar), só veio morar em Tianguá no ano de 1878, fugindo da terrível seca que assolava o Ceará naquele ano (1877-1879).

31 de julho de 1890
Pela resolução nº 1280 de 28 de setembro de 1869, foi criado o Distrito de Paz na povoação de Barrocão do município de Viçosa do Ceará: "O Desembargador João Antônio de Araújo Freitas Henriques, presidente da Província do Ceará, faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléia Provincial decretou e eu sancionei a resolução seguinte: art. 1º fica criado um distrito de paz na povoação de Barrocão do município de Vila Viçosa. art. 2º servirão de limites ao novo distrito os riachos de Guatiguaba e Tapera-Acima (...). Palácio da Província do Ceará, 28 de setembro de 1869. (a) João Antonio de Araújo Freitas Henriques - Presidente da Província".

Em 22 de julho de 1871 o distrito foi extinto, porém restaurado em 30 de julho de 1873 pela Resolução nº 1.531. Instituído e extinto algumas vezes, teve sua condição de distrito regularizada em 1882, pela Lei nº 1.978. O município foi criado em 31 de julho de 1890, pelo Decreto Estadual nº 33, ainda com a mesma denominação de Barrocão, sendo instalado em data de 12 de agosto daquele ano. Em 9 de setembro de 1890, o município passou a chamar-se Tianguá, por empenho pessoal do coronel Manoel Francisco de Aguiar, junto ao Governador do Ceará, Luís Antônio Ferraz. A vila de Tianguá foi elevada à categoria de cidade em 1938, através do Decreto-Lei nº 448 de 20 de setembro daquele ano.

Fonte: wikipédia

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