25 de Março no Ceará

segunda-feira, março 25, 2019

Fonte: www.craceara.org.br
Anos antes da proclamação da República a campanha abolicionista no Ceará ganhou força. A escravidão jamais foi dominante no estado e estava praticamente extinta nos anos de 1880, de forma que não houve resistência à abolição nem mesmo por parte da elite agrícola. Então aconteceu. Em 25 de março de 1884 - quatro anos antes da Lei Áurea - o Ceará libertou seus escravos.

O movimento contou com a participação de várias sociedades libertárias, inclusive a maçonaria, mas o maior destaque ficou com Francisco José do Nascimento, o Dragão do Mar.

O Dragão do Mar apareceu

Também conhecido como Chico da Matilde, o Dragão do Mar foi um jangadeiro que impulsionou o abolicionismo ao comandar seus companheiros, em 1881, numa total recusa a transportar escravos para dentro ou fora da província. A primeira cidade brasileira a abolir a escravatura foi Acarape, atual Redenção (Região Metropolitana de Fortaleza), em 1º de janeiro de 1883. A ação repercutiu em todo o País e os abolicionistas cearenses, gente da elite intelectual, foram ovacionados pela imprensa abolicionista do Sul, mas quem precipitou os acontecimentos foi uma pessoa humilde, um mulato pescador: Chico da Matilde. O ato dele de fechar o Porto de Fortaleza evitou o embarque e o desembarque de mais negros escravizados. Sem saída os donos se vieram forçados a liberta-los na impossibilidade de sustentá-los.

Conhecido como o Navegante Negro

Francisco José do Nascimento ganhou a alcunha de Dragão do Mar, ou Navegante Negro, no Rio de Janeiro. Na sede da corte ele foi saudado como herói, desfilou pelas ruas e recebeu chuvas de flores da multidão. De lá escreveu à mulher com a humildade de sempre: “seu velho está tonto com tanta festa e cumprimentos de tanta gente importante”.

A origem da Terra da Luz

Devido o pioneirismo em abolir a escravatura o Ceará recebeu o apelido de Terra da Luz por parte do escritor José do Patrocínio. Com informações colhidas com o jornalista Cláudio Teran.

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